quarta-feira, 30 de março de 2011

O RITUAL DO CAFÉ

No carnaval de fevereiro de 2010, enquanto tomava café numa pequena e charmosa cafeteria qualquer no Rio de Janeiro percebi, pintada na parede, em tons marrons como os grãos de café, uma poesia que copiei num guardanapo.

"... Tudo coloco em ordem e harmonia:
O prato tranquilo e a expectante chávena,
Nesta, o torrado grão moído, de castanho intenso."

"... Depois, a água borbulhante, quente,
A mistura inunda, dissolvendo-a
Em espirais de espuma que a colher adorna.
Café! Café! Precioso encanto!"

"... Aspiro, feliz, da manhã tranquila, o seu odor.
A quente café e a relva orvalhada.
Olho o céu e sorvo um gole, outro e outro.
E assim me quedo, por instantes longos.
Entre o prazer forte do café e a doçura da manhã.
Mais um dia de vida se inicia!"


Autoria: Ilona Bastos